sexta-feira, 17 de agosto de 2007

Perfis Sub-17: Grupos E e F

Encerramos agora as apresentações das seleções do Campeonato Mundial Sub-17, que começa nesse sábado. Para fechar, os Grupos E e F (curiosamente, os mais fracos da competição). Divirtam-se:

Grupo E

Bélgica: Ressurgindo

Os belgas aproveitaram-se do fator casa para chegar ao seu primeiro Mundial Sub-17. Em maio, o time chegou às semifinais do Europeu da categoria despachando os favoritos holandeses.

Falando estritamente do jogo, não se pode esperar grandes coisas. A defesa é o ponto forte do time, onde se aproveita o entrosamento de quatro jogadores do Genk: Coppens (goleiro), Daeseleire (lateral-direito) e a dupla de zaga Geurden e Hustinx.

O principal responsável por marcar os gols é Nill De Pauw, que deixou uma boa impressão no Europeu.

Classificação para o Mundial: semifinalista do Europeu
Palpite do Futebase: cai nas quartas-de-final

Tunísia: Grupo fraco dá margens para o sonho

O time tunisiano tem 100% dos atletas atuando em clubes locais, diferente do que ocorre com o elenco adulto - que geralmente vê seus atletas migrarem para a "ex-metrópole" França.

A facilidade para reunir os jogadores talvez seja uma das poucas vantagens que Maher Kanzari tem para treinar o time. O elenco tunisiano é frágil e provou isso no Africano Sub-17, quando fez uma campanha apenas necessária para garantir a classificação - à exceção do jogo em que fez 3x0 sobre Togo.

Ben Azouz Mohamed, artilheiro do time na competição continental, é o principal valor do grupo.

Classificação para o Mundial: quarto lugar no africano
Palpite do Futebase: cai nas oitavas-de-final

Tadjiquistão: Orgulho (ex-) soviético

É a primeira vez que essa ex-república soviética disputa um Mundial da FIFA. Hora, então, de aproveitar ao máximo a experiência - e se beneficiar do sorteio ter enquadrado a equipe com adversários não dos mais fortes.

O time sub-17 do Tadjiquistão fez um Campeonato Asiático muito interessante, só parando nas semifinais. O principal trunfo foi vencer a Coréia do Sul nas semifinais, deixando a seleção mais tradicional do futebol asiático fora do Mundial. Não esperem um time dos mais ofensivos: a marca do futebol local tem sido a defesa. Tanto que o principal atleta é Farkhod Vasiev, zagueiro que joga no futebol russo.

Classificação para o Mundial: terceiro lugar no Asiático
Palpite do Futebase: cai na primeira fase

EUA: Rápidos e eficazes

O Futebase endossa a teoria de que o futebol norte-americano será um dos mais fortes do mundo dentro de alguns anos. O bom desempenho dos sobrinhos do Tio Sam sugere isso: para se ter uma idéia, a seleção dos EUA é a única que disputou todos os Mundiais Sub-17.

Para a disputa na Coréia do Sul, a receita é o binômio ofensividade e velocidade. Alex Nimo, rápido e letal atacante, comandará as ações ofensivas da equipe, municiado pelo bom meio-campista Greg Garza. O outro pivô do ataque dos EUA, Danny Cruz, conheceu o futebol há míseros três anos: antes, era jogador de futebol americano e hóquei. Força física ele tem.

Classificação para o Mundial: campeão do Grupo B da Concacaf
Palpite do Futebase: cai nas quartas-de-final

Grupo F

Alemanha: Camisa + 10

A Alemanha esteve ausente dos três últimos Mundiais Sub-17. E o retorno, ao que tudo indica, não deve ser dos mais triunfais.

A seleção germânica carece de um ataque criativo e um meio-campo com mais consistência. Toni Kroos (meia) e Richard Sukuta-Pasu (atacante) são bons, mas não o suficiente para transmitir maiores esperanças ao torcedor alemão. Isso se mostrou nitidamente no Europeu da categoria, quando por pouco não se consumou mais uma ausência alemã.

Fabian Giefer, goleiro, é um dos principais valores.

Classificação para o Mundial: quinto lugar no Europeu
Palpite do Futebase: cai na primeira fase

Trinidad e Tobago: Sem pretensões

Relacionar Trinidad e Tobago ao futebol tornou-se algo mais fácil a partir do ano passado, quando a seleção caribenha fez sua estréia em Copas do Mundo. No universo das categorias de base, os trinitinos já haviam disputado mundiais, mas sempre fazendo maus papéis: perderam todos os jogos em suas aparições, inclusive três em 2001, quando foram sede do Mundial Sub-17.

Para agora, a vaga veio ao superar a rival Jamaica nas eliminatórias - o que ganha um feito mais heróico se considerarmos que a disputa foi nas terras de Bob Marley.

O capitão Leston Paul, meio-campista tido como sério e raçudo, pretende comandar dentro de campo as ações da equipe. Os gols ficam a cargo de Stephen Knox.

Classificação para o Mundial: vice-campeão do Grupo B da Concacaf
Palpite do Futebase: cai na primeira fase

Colômbia: Boas perspectivas

A seleção colombiana que chega ao Mundial aposta em uma característica que não condiz com a tradição do futebol do país: seu ponto forte está na defesa, em especial na pessoa do goleiro Mauricio Acosta. No Sul-Americano, em nove jogos, a Colômbia sofreu apenas cinco gols. Ótima marca, não?

Mas é claro que um pouco de ofensividade não faz mal para ninguém. Para isso, a Colômbia conta com o duo Cristian Nazarith-Santiago Trellez. Este último, aliás, é filho de John-Jairo Trellez, que na década de 1990 foi um atacante letal.

O técnico Eduardo Lara também é uma figura à parte: faz perfeitamente a "linha acadêmica", sendo autor de quatro livros e tendo largado a carreira de arquiteto para dedicar-se ao futebol.

Classificação para o Mundial: vice-campeão sul-americano
Palpite do Futebase: cai nas quartas-de-final

Gana: Tradição e futebol

Se o mundo de futebol se restringisse ao sub-17, Gana seria uma das principais potências. O cartel dos africanos reúne dois títulos mundiais e dois continentais.

Mas já faz tempo que as estrelas negras não brilham no Mundial da categoria. Para reverter a tendência, o técnico Sellas Teteh aposta suas fichas principalmente no atacante Kelvin Bossman, que atua nas categorias de base do Reading, da Inglaterra. Seu companheiro de ataque é o também eficaz Ransford Osei.

Classificação para o Mundial: terceiro lugar no Africano
Palpite do Futebase: cai nas quartas-de-final

Todos os distintivos usados nesses perfis foram obtidos no distintivos.com.br.

Um comentário:

Anônimo disse...

Discordo completamente de que Gana tem futebol somente pra chegar nas quartas de final do mundial, ate pq eles são Bi-campeoes da categoria e ficando tb na maioria das vezes entre as 3 colocações finais, então ja por ser assim pode-se esperar muito mais dessa seleção!!!