segunda-feira, 10 de setembro de 2007

Nigéria tricampeã

Foi uma final diferente, sem dúvida nenhuma. Quando todos esperavam o jogo insinuante dos espanhóis e a volúpia ofensiva dos nigerianos, o que se viu foram duas equipes nervosas, que não conseguiram tirar os zeros do placar nem no tempo normal nem na prorrogação na decisão do Mundial Sub-17.

Quando se esperava que os atacantes Macaulay Chrisantus ou Fran Merida se consagrassem, quem deixou o campo como herói foi um goleiro, o nigeriano Oladele Ajiboye.

Ajiboye tornou-se simplesmente o goleiro mais perfeito da história das decisões dos Mundiais da FIFA. Nunca, nos três tipos de mundiais - a saber, sub-20, sub-17 e a Copa do Mundo - um time havia perdido uma finalíssima nos pênaltis sem marcar um golzinho sequer. E coube à Espanha essa façanha.

O placar do feito: Nigéria 3x0 Espanha nos pênaltis, após um 0x0 no tempo normal e na prorrogação. Agora a Nigéria é tricampeã mundial sub-17. Iguala o Brasil em títulos.

A conquista é merecidíssima. A Nigéria praticou o melhor futebol em toda a competição. Na primeira fase, não tomou conhecimento de França, Japão e Haiti, vencendo os três confrontos; Colômbia e Argentina não foram páreo nas oitavas e quartas-de-final, respectivamente; na semi, num duelo esperado contra a Alemanha, tornou as coisas mais fáceis com um 3x1; e agora, na decisão, soube mostrar frieza para superar os espanhóis nas penalidades.

Os principais nomes nigerianos na conquista foram o atacante Macaulay Chrisantus (artilheiro do campeonato), o meia Rabiu Ibrahim e, claro, o herói Ajiboye.

Do lado da Espanha, apesar da derrota, a sensação é de dever cumprido. O time também foi muito bem no torneio. Na primeira fase, foi líder do seu grupo, superando a Argentina. Não teve trabalho contra os norte-coreanos nas oitavas e contou com um pouco de sorte contra os franceses nas quartas, quando só passaram nos pênaltis. Mas mostrou força mesmo na semifinal, quando eliminou o bom time de Gana. Revelou bons atletas como Fran Merida, Daniel Aquino, David de Gea, David Rochela e Bojan Krkic - que fez muita falta na decisão.

Alemanha é bronze

Outros que não podem se queixar do que fizeram na Coréia do Sul foram os alemães. Os germânicos entraram no Mundial no mesmo grupo que Gana e Colômbia e não seria surpresa se fossem eliminados de cara. Mas passaram por essa etapa, chegaram nas semifinais e só pararam nos nigerianos, que seriam campeões dois jogos depois.

O principal responsável pelo bom desempenho alemão atende pelo nome de Toni Kroos. O meio-campista do Bayern de Munique arrebentou na competição e surpreendeu a ser eleito o Bola de Ouro, já que esperava-se que Macaulay Chrisantus ficasse com a honra.

Foto: Fifa

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