segunda-feira, 22 de outubro de 2007

Modelo português

Os jogadores da seleção sub-20 de Portugal estão realizando um período de treinamentos na cidade de Rio Maior. São 25 atletas que se aprimorarão até o dia 24.

O leitor deve estar se perguntando para que os jovens lusos estão treinando. A resposta é a seguinte: para nada. O time sub-20 de Portugal não tem nenhuma competição oficial nem um amistoso agendado para os próximos meses.

Por isso, o período que ocorre agora pode ser chamado efetivamente de treinamento. Os atletas estão lá para isso: treinar, descobrir novas orientações de jogo, praticar, sob o comando de Antonio Violante (foto). É o que se pode chamar efetivamente de "formação" - o que deveria, em tese, ser o objetivo primordial de qualquer time de base.

Não cabe, aqui, fazer o que cenetenas de comentaristas adoram fazer: pegar o exemplo português e dizer que é algo perfeito e que deve ser aplicado de imediato no Brasil. A situação do futebol brasileiro e português é incomparável. A distância influencia. É muito mais fácil reunir 25 jogadores no Brasil do que em Portugal, por conta do tamanho dos países.

Mas há, claro, componentes econômicos. É só analisar o destaque que a Federação Portuguesa, em seu site, dá à ausência do goleiro Rui Patrício. Ele não pôde se integrar ao período de treinamentos porque está com o seu clube, o Sporting, disputando a Liga dos Campeões. Ou seja, é uma exceção. Aqui, a lista do time sub-20 que disputou o Mundial é composta quase que integralmente por jogadores que já atuam, e como titulares, nas principais equipes nacionais, isso quando já não estão no exterior.

Foto: A Bola Online

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